terça-feira, 28 de setembro de 2010

Samarit_ano

Há dias assim. Sentia-me um samaritano. Dos bons. Deixei-me envolver por este sentimento e olhava tranquilo para anteontem. Contava as minhas samaritanices dos últimos dias. Estava feliz. Quando se faz o bem, mais bem virá para ser feito. E assim foi. Fazer o bem é um vício, mas também uma corrida de 100 metros. E com muitas barreiras. Tem que ser feito depressa e, muito, bem. Caso contrário o que é um acto samaritano, transforma-se subitamente, num acto apenas conhecido com de mera incompetência lógica. Ora, estava agora confrontado com uma destas situações. Ou faço depressa e bem, ou sou um incompetente. Mas, talvez estes actos de bem fazer, e de fazer bem, devessem ter uma outra perspectiva. Uma visão simples de que o tempo não se inventa, ou por outro lado, alguém inventou que cada dia tem 24 horas, uma semana tem 7 dias e por aí fora, até chegarmos a séculos e étecetera. Se nos regemos por este tipo de tempo, controladinho pelo relógio suíço, e também de outras nacionalidades, o melhor é ter tempo para fazer o bem, mas também para dormir e poder voltar a fazê-lo de cabeça fresca. E que tal se tivessem pedido para fazer bem, uns dias mais cedo? Ao que parece, alguns estudos efectuados por institutos reconhecidos internacionalmente, comprovam que há a tendência de pedir ontem para fazer o bem para ontem. E parece ser normal aceitar-se isso como modo de vida. Se ontem já passou para que servem as coisas? Eu tenho uma teoria: é para tapar a incompetência de quem pede. Felizmente, ando a pedir poucas coisas ultimamente. E a última que pedi foi um pastel de nata e demoraram-me anos a trazê-lo. Incompetentes.

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