segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sê-lo

Podia voar. Sim, podia voar. Mas não é isso que a marca. Desliza, por vezes envergonhada, entre palavras e cenários, à espera de criar o seu. Talvez consiga encontrar o início da trama, talvez faça um esboço e depois arrisque o traço definitivo na tela. Falta definir as personagens. Não a sua, porque a essa apenas lhe falta uma única coisa: coragem. E a coragem não se compra, não se importa, não se pede nem se recebe pelo correio. Os selos são muito caros.

5 comentários:

T disse...

Nada. Nada de nada. Nem uma frase. Quer dizer, fazem sentido, não são não frases. Mas possa, estás a subir a parada. Para meros leitores do teu blogue não está nada fácil:)

Anónimo disse...

Quiça, o dilema possa não estar na coragem, mas no fardo. É uma questão de como e quando.... Quiça, no seu silêncio se encontrem dilemas ou o tecer de uma estratégia e dos passos a dar.
Quiça, seja falta de coragem, num contexto em que o preço é muito alto. Será? Será que é coragem que lhe falta? Desejava uma carta com a resposta, mas, sim ... os selos são muito caros.

Pena Frenética disse...

Pode ser uma coisa, pode ser outra. E, como em tudo, cada carta é uma carta.

Patrícia Trévidic disse...

"A experiência é a madre de todas as cousas, per ela soubemos redicalmente a verdade..."
Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo de Situ Orbis.

A melhor maneira de ganhar coragem é ter medos cada vez maiores.

anamar disse...

Gostei muito dos seus textos, como lhe disse pessoalmente ontem, na inauguração da exposição na rua das Janelas Verdes.

Convido-o a passar pelo Mar à Vista...

Breve, lanço trabalhos. No FB já o estou a fazer...
Felicidades.

Ana