terça-feira, 26 de maio de 2009

Tango

Água na boca. O teu nome deixou-me água na boca. Olhei-te. Passei-te de lado para que apenas invadíssemos as nossas distâncias. Sorri-te. Toquei-te com os olhos. De frente, de lado, de todos os lados. Talvez me tivesse inspirado Gardel. Soubera eu dançar e convidava-te para um tango, mesmo que música fosse outra. Deslizaríamos por entre a multidão possuída de outras batidas. Atravessávamos a sala, ou a rua, e chegaríamos sãos, salvos e apaixonados ao outro lado. Agora sim, a dança poderia começar. O palco seria nosso, sempre nosso. Perguntar-te-ia o nome. Tu responderias: ’Que importa?’.

Sem comentários: