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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
My name is Guru.
Depois de décadas de tentativas, expectativas e noites mal dormidas, conheci finalmente um guru. Confesso que fiquei excitado com o facto. Atrevi-me a fazer-lhe uma pergunta, daquelas que só os gurus sabem responder. Tinha esperança de ter uma resposta que me enriquecesse a vidinha, assim num estilo ‘toque de Midas’. Esperei algum tempo e nada. Depois voltei a tentar. Deu-me então, num jeito de campanha eleitoral, alguns momentos da sua atenção. Transpirei nas palmas das mãos e o meu espírito abriu-se em comunhão perfeita com os meus ouvidos, para ouvir sábias palavras. Recebi então palavras, muitas, durante cerca de 10 minutos. Quando ia a meio daquela ode à banalidade, pedi para interromper e perguntei-lhe se era um guru de verdade ou um sósia. Ele confessou-me que o sósia estava no Oriente a palestrar em estrangeiro e que ela era o real. E que ser guru era mesmo isso. Era quase o mesmo que ser Miss Universo. Agradeci esclarecido, e saí a correr, com a promessa de voltar com mais uma pergunta. Daí a 100 anos.
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