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quarta-feira, 8 de junho de 2011
Vintage
Hoje gosto mais do que já foi. Acho que o meu cérebro ficou vintage. O que, às vezes, é uma chatice porque resolve agarrar-se às memórias e começar a reinterpretá-las. E uma memória é o que é. E se a ponho a concorrer com o ‘hoje’, começam, por comparações, a ficar com defeito. E eu odeio memórias com defeito. Mas, hoje em dia, só para me aborrecer ando cheio delas. E como se não bastasse estou com excesso de stocks. Talvez tenha de tirar as memórias do armazém e começar hoje a criar umas novas. Daquelas que só se irão tornar vintage daqui as uns dez ou quinze anos. Se eu me lembrar delas, claro.
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